Resenha: Pasta Senza Vino - Terceiro Selo

Título: Pasta Senza Vino
Autor: Eduardo Krause
Editora: Terceiro Selo
Páginas: 288

Sinopse:
Na Florença dos anos 60, o jovem Antonello Bianchi é um italiano indolente, machista e metido a conquistador. Sua única ocupação é atrair clientes para o restaurante que trabalha (ou para si, quando for una bella donna). Essa vida de aventuras amorosas sofre uma virada quando ele conhece uma turista carioca, que o leva a atravessar o oceano para compreender o próprio coração. Em tom leve e envolvente, Eduardo Krause apresenta um romance com sabor e graça, os ingredientes da boa leitura.



Olá leitores! Tudo bem com vocês?
Estou de volta aqui mais uma vez, para trazer mais uma resenha de um livro maravilhoso e que fez eu superar qualquer trauma que eu tinha de livros que colocavam alguma coisinha gastronômica no meio rsrsrsrsrs

Pasta Senza Vino, é o primeiro romance escrito pelo autor Eduardo Krause durante o ano em que morou na Itália e lançado pela editora Terceiro Selo. Um romance que mistura sabores, segredos e que se passa na década de 60.
"Por mais que os anos passem, meu olfato jamais se acostuma a esse perfume celestial."
Admito, que quando a minha chefa querida Ana perguntou se eu poderia ler esse livro para trazer resenha para vocês, aceitei esse mais novo desafio um tanto receosa com que iria encontrar. Pois como já havia lido livros que seguia esse mesmo padrão e mesmo assim acabei me decepcionando muito, tinha medo que isso ocorresse com esse livro também.
"[...] não vale a pena perder tempo com as confissões de um coração partido."
Pasta Senza Vino nos traz a história de Antonello Bianchi, mas conhecido por Toni filho de uma brasileira que muito nova veio para Itália para se tornar freira e acabou se apaixonando por um italiano, recepcionista do Gran Caffe Ristorante Giubbe Rosse em Firenze e um "mulherengo" de primeira qualidade. Toni é o típico "conquistador barato" conhecido por todos, que utiliza de palavras belas e até mesmo mistério para atrair mulheres para cama. Ele muitas vezes utiliza do seu local de trabalho para conhecer várias mulheres e fazer com que elas caiam na sua lábia, além disso só tendo um chefe muito bondoso como o dele para deixar dar aquelas "escapadelas" e mesmo assim continuar trabalhando no mesmo local.
"[...] a maior parte de nossos esforços é voltado a conseguir garotas para nós mesmos, [...]"
Ele e seu amigo Nicola dão em cima de qualquer mulher que apareça e acham atraente, pode ser: solteira, que namore, noiva, casada, viúva, etc. Sendo mulher e turistas para que o romance dure apenas momentaneamente, é o que importa ¬¬'
"[...] mio amico e eu lutamos apenas por um bom par de pernas para passar a noite."
Até que um dia fugindo de uma encrenca que se meteu por se envolver com uma mulher casada, Toni acaba por conhecer duas brasileiras que estão visitando a Itália por causa de uma promoção que elas ganharam.

Uma dessas mulheres brasileira é uma morena chamada Aline, ou Bruna como ela é chamada muitas vezes que é carioca e acaba por despertar a atenção de Toni pelo seu jeito de mulher difícil, que não cai na lábia dele tão fácil, misteriosa, provocadora e ao mesmo tempo uma mulher diferente das que ele está acostumado a conhecer.
"Estendo a toalha, segurando o ímpeto de secá-la com as próprias mãos. ela então põe a cabeça de lado, torcendo os cabelos. Somente após fazer isso, toma a toalha e seca o pescoço e os braços. Por fim la Bruna desliza o pano pelas pernas, levantando o vestido alguns centímetros. Me pergunto se é proposital, enquanto finjo que não olho suas coxas."
Os dois começam a viver um romance que dura dois verões, mas quando ela vai embora no seu segundo verão na Itália e acaba só depois enviando uma carta para Toni terminando tudo e pedindo para que a esqueça, ele acaba se encontrando melancólico e sentindo falta de algo que ele nunca havia sentindo antes.
"Seu cheiro e sabor tomam conta dos meus sentidos, trazendo uma repentina nostalgia ao meu peito. Então abro um ligeiro sorriso, que logo se desfaz. Como quem por muito tempo tem a estranha sensação de que esqueceu algo, mas não sabe o que é. E quando lembra, já é tarde demais e não faz mais diferença."
Acaba que Toni acaba sofrendo uma mudança completa em seu comportamento, quando conhece Aline e após ela ir embora e isso acaba mostrando o amadurecimento do personagem. Ela ajuda ele com seus "problemas" familiares ao menos um pouco, pois ele não tem uma relação muito boa com seu pai após o falecimento de sua mãe.

Mas quando realmente Aline some, sem deixar pistas nenhuma e a única coisa que ele tem para encontrá-la é um carta com um endereço vinda do Brasil, mas especificamente do Rio de Janeiro. Toni encontra-se confuso e ao mesmo tempo um tanto frustrado pela situação, então quando seu patrão acaba lhe dando as opções de ou ir para um lugar fazer um curso e se aperfeiçoar na gastronomia, ou ir para o Brasil e fazer um treinamento com um amigo seu que mora por lá. Toni acaba escolhendo a segunda opção, pois isso dará a oportunidade dele encontrar sua Aline.
"Tu és jovem... não entenderia as coisas que um homem é capaz de fazer por uma mulher."
E eu vou parando de falar por aqui, porque se não estarei dando spoilers sobre o livro e isso eu não quero. Porém eu posso dizer que o personagem acaba amadurecendo muito com o decorrer da história e você percebe que ele muda muito quando ele está no Brasil, além disso você fica feliz quando ele se resolve com todos seus familiares pois ele não conhecia sua família brasileira pelo fato de sua mãe ter sido "renegada" após ter desistido do convento.

Vai ter momentos que você vai querer matar o personagem? Sim! Porque eu me encontrei inúmeras vezes querendo matar ele, enquanto ele era um cafajeste. Mas também vai ter momentos, como quando ele está no Brasil que você vai torcer para que ele encontre sua Aline. Eu por exemplo cada morena que ele via ou encontrava, eu pensava: "É ela!!!" 

Além disso, você fica curioso para saber o mistério que ronda em volta da personagem Aline. E mesmo você sabendo o que é, quando você descobre a única coisa que você pode fazer é pegar um lencinho e se preparar para as lágrimas que vão rolar.
"Pouco ama aquele que pode dizer o quanto ama."
O lado gastronômico da história acaba entrando porque o personagem acaba descobrindo seu talento na cozinha, mas isso não afeta tanto na história só complementa ela.

Pasta Senza Vino me salvou do trauma que tinha de ler livros que seguiam esse padrão em colocar uma pitada de gastronomia no meio e ser um romance daqueles clássicos que a gente conhece. Uma história doce, que traz uma pitada de mistério dentro dela, um cafajeste que irá lhe arrancar suspiros e ao mesmo tempo querer matar ele, uma trilha sonora antiga mais nostálgica, além de lhe dar uma fominha quando estiver falando das comidas maravilhosas que são preparadas.

É um livro que recomendo para aqueles que precisam de um romance gostoso para ler em seus fins de tarde e posso dizer que Eduardo Krause está de parabéns por essa obra criada.

Desculpem essa resenhista se a resenha ficou um tanto confusa e até uma próxima o/


Confiram logo abaixo o booktrailer de Pasta Senza Vino:



10 comentários:

  1. Olha, vou te confessar que nunca li um livro com o personagem tao descarado como esse. Ele pega tudo que vem pela frente hein :O
    Mas claro, não poderia deixar de ser um romance tipico, em que o homem sempre cai nas garras do amor e muda completamente. Essa Aline é mesmo poderosa.
    Boa noite !

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    1. Olá Bruna!!!
      E põe poderosa nisso rsrsrs
      E sim o Toni é descarado e cara de pau mesmo kkkk
      Obrigada pelo comentário e até uma próxima o/

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  2. Oi, Antonia! Terminei de ler esse livro por esses dias. Eu adorei! Pela capa e pela sinopse a gente não tem noção de que vai encontrar um romance tão bacana, né?! Bom saber que você também curtiu.

    Beijos, Entre Aspas

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  3. Oi Antonia...

    Amei a resenha, a premissa me pareceu ser muito boa, gostei do enrendo citado, gosto muito quando no decorrer do livro percebemos o amadurecimento dos personagens, essa coisa de vir para o Brasil ficou muito óbvia mas faz parte.
    Irei ler com toda certeza.
    Boa Noite.

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  4. Oi Antonia!
    Esse enredo me fisgou, hahaha. Adoro um mocinho cafajeste e mulherengo, mas que depois se redimi. E sentir vontade de matar um personagem, faz parte, da maioria das leituras, hehe. O que importa mesmo é o amadurecimento dele. E ele ir ao Brasil, demonstra bem isso.
    Abraço!

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  5. Você não gosta tanto assim de livros que tem essa pegada gastronômica e eu simplesmente amo, principalmente quando a história envolve a confeitaria *-*
    Gostei muito da resenha e da sinopse do livro, e fiquei super curiosa pra saber que mistérios que Aline guarda e adorei o fato do personagem do Toni amadurecer no decorrer do livro, adoro quando isso acontece. E é claro que já adicionei na lista, beijo!

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  6. Olá, Antonia.
    Não tenho problemas em ler livros que tenham alguma coisa com comida no meio, só fico querendo comer depois hehe. Mas acho que não leria esse livro por conta do protagonista, já não fui com a cara dele só de ler a resenha hehe.

    Blog Prefácio

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  7. Gostei bastante da resenha e não tenho exatamente um problema com livros românticos que misturam o mundo da culinária, agora que eu tomei certa antipatia pelo protagonista, isso eu tomei. Tudo bem que ele amadurece e tudo mais, mas me pergunto se a raiva que sentiria dele seria do tipo suportável ou daquelas que dá vontade de deixar o livro de lado, espero que a primeira opção, pois acho que é um romance que gostaria de ler.
    Abraços

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  8. Me convenceu a ler ele. Só pela sinopse, eu pensei: ''Ai, quero!'', depois da resenha, me deu mais vontade de ler ainda! Vou procurar, pra comprar!

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  9. Oi!
    Gostei muito desse livro, ainda não li nenhum livro que tenha gastronomia por isso achei interessante e fiquei curiosa, principalmente por esse mistério todo da Aline e achei interessante a autora ter colocado esse crescimento do Toni ao longo da historia !!

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